justiça restaurativa 1A Escola Judicial do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO) promoveu, nesta quinta-feira (9), a primeira etapa do curso de facilitador em Justiça Restaurativa. Durante o evento foi abordada a Comunicação Não Violenta (CNV), assim como as aplicações técnica, teórica e prática da iniciativa. A aula foi realizada na Escola Superior da Magistratura do Estado de Goiás (ESMEG), localizada na Rua 72, esquina com a BR-153, no Jardim Goiás, em Goiânia.

NildaAo todo, cerca de 50 pessoas participaram do curso: servidores e magistrados das comarcas de Goiânia, Luziânia, Goianésia, Formosa, Porangatu, Aparecida de Goiânia e Jataí. O curso é dividido em três etapas, sendo a primeira a capacitação do facilitador e as outras duas a aplicação de círculos restaurativos e a formação do instrutor.

Durante o workshop, uma das cinco palestrantes e diretora da Universidade Internacional da Paz (UNIPAZ), Hélyda Di Oliveira, explicou que a CNV é a ferramenta para a aplicação da Justiça Restaurativa e consiste em oferecer um melhor tratamento dos conflitos de uma forma não violenta.

“Esse é um novo paradigma do Judiciário, em que não há apenas uma forma de resolução dos conflitos”, afirmou a facilitadora. Para ela, o curso é um convite para que o Judiciário seja humanizado, preservando o ser humano e não apenas julgando o culpado ou vítima. “Nós precisamos acreditar que existem outras formas de resolver os conflitos que vivemos e o Judiciário é o lugar que a gente legitima para dar essa solução”, ressaltou Hélyda Di Oliveira.

CCS 3036Conforme a secretaria Interprofissional da Corregedoria do Poder Judiciário, Maria Nilva Fernandes da Silva Moreira, o curso vai além dos servidores, uma vez que visa multiplicar essas práticas restaurativas no trabalho e também no atendimento ao jurisdicionado, adolescentes do juizado e adolescente, familiares e prestadores de serviço.

Para o juiz Carlos Limongi Sterse, do Juizado da Infância e Juventude da comarca de Anápolis, a Justiça tem evoluído e esse curso permite que "nós como magistrados também façamos o arquivamento dos conflitos e pacifiquemos a sociedade". De acordo com ele, já estão sendo feito Círculos da Justiça Restaurativa em algumas comarcas, como em Goiânia, Anápolis e Luziânia.

“Essas comarcas estão bem avançadas e, atualmente, estamos formando uma equipe maior, tendo por objetivo dinamizar a Justiça Restaurativa dentro do Tribunal de Justiça e demais unidades do Poder Judiciário”, frisou Carlos Limongi. O curso será realizado nos dias 10, 16 e 17 deste mês. (Texto/Fotos: Acaray M. Silva - Centro de Comunicação Social do TJGO)