Duas adolescentes participarão nesta sexta-feira (24), em Luziânia, de circulo restaurativo. A sessão ocorrerá no Posto Avançado da Justiça Restaurativa da comarca, que engloba toda a área criminal da unidade judiciária.  A técnica tem sido utilizada na solução de conflitos e prima pela criatividade e sensibilidade na escuta das vítimas e dos ofensores.

 

No círculo realizado nesta tarde, as duas adolescentes receberão toda a assistência pois estão em uma casa de passagem de Luziânia e deverão deixar o local porque em breve completarão 18 anos. “Faremos um círculo com o tema apoio. Isso porque no momento é o que elas mais precisam. Elas não querem voltar para a casa dos pais e estão se sentindo sozinhas”, salientou Maria Lúcia de Castro, facilitadora do Justiça Restaurativa.

Criação

A Justiça Restaurativa visa escutar e conciliar vítimas e ofensores como forma de pacificação social. Ela foi criada em Luziânia em 25 de novembro de 2016. No local, os círculos restaurativos estão sendo utilizados com adolescentes em conflito com a Lei, presos em progressão de regime ou em saídas temporárias, como nos indultos de Natal. Com presença de psicólogos, assistentes sociais e familiares, todos sentados em círculos, o protagonista é levado a refletir sobre sua conduta e a assumir responsabilidade sobre seus atos.

Na área de violência doméstica, os círculos restaurativos também são realizados na construção de paz com os ofensores. Porém, no próximo dia 8 de março – Dia Internacional da Mulher – a iniciativa terá uma novidade: será realizada com as vítimas, após um mutirão de audiências relacionados ao crime de gênero.

Sobre o Posto Avançado
O Posto Avançado do Justiça Restaurativa é coordenado pela juíza Alice Teles de Oliveira, da 2ª Vara Criminal. Além dela, também gerenciam projetos no Justiça Restaurativa as juízas Renata Farias Costa Gomes de Barros, da 1ª Vara Criminal (crimes dolosos contra a vida, Pres. Trib. Juri e execuções penais); Célia Regina Lara, do Juizado da Infância e da Juventude; e Soraya Fagury Brito, do Juizado Especial Cível e Criminal. (Texto: Arianne Lopes - Centro de Comunicação Social do TJGO)