pessoas de papelA juíza coordenadora do Programa Justiça Terapêutica, Maria Umbelina Zorzetti, e os juízes dos Juizados da Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher Cristiane e Willian Costa Mello firmaram, na última semana, parceria para atender acusados de violência contra a mulher, que tenham envolvimento com álcool e drogas, nos parâmetros da Justiça Restaurativa.

A equipe irá trabalhar com foco no resgate da autonomia da vítima, utilizando para isso práticas restaurativas e técnicas de mediação, conciliação, psicoeducação, musicoterapia, constelação familiar, intervenção breve, entre outras. Aliado a este trabalho, a equipe se propõe a buscar a equipe do Serviço de Atenção às Vítimas de Violência Doméstica (SAVID) para um trabalho interdisciplinar e de restauração direta entre a vítima e o acusado.

O Programa Justiça Terapêutica, em seus seis anos de atuação, já atendeu quase 3 mil participantes e seus familiares. Hoje, atende 567 participantes regulares, estimando quase 2 mil atendimentos por mês. Para a realização desse trabalho, uma equipe de oito profissionais e seus estagiários efetuam atendimentos individuais e em grupo, entrevista motivacional e intervenção breve, práticas circulares restaurativas, constelações familiares, fomento da rede parceira, encaminhamentos e acompanhamento, além das informações mensais ao juízo competente sobre a participação e adesão de cada participante às atividades propostas.

Todo o trabalho do programa é fundamentado em princípios de Justiça Restaurativa, sugerindo uma reavaliação do fenômeno criminológico por parte do autor ou acusado, focado na autorresponsabilidade e na proposta de restituição de sua relação com a sociedade. O Programa Justiça Terapêutica acredita que a parceria com os Juizados da Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher estabelece uma ação eficaz na celeridade dos processos e na redução dos casos de violência contra mulheres e não medirá esforços para contribuir com o Judiciário Goiano na concretização de soluções para a justiça criminal. (Texto: Centro de Comunicação Social do TJGO)