A conscientização acerca da responsabilidade socioambiental com a adoção de boas práticas e políticas de sustentabilidade que visem preservar o meio ambiente e melhorar o mundo à nossa volta. Esse foi o foco do painel “Comportamento Socioambiental Sustentável: da conscientização à ação”, promovido na tarde desta quinta-feira (17) pela Corregedoria-Geral da Justiça do Estado de Goiás em parceria com Escola Judicial de Goiás (Ejug), e transmitido por videoconferência com a utilização da plataforma “Zoom Meetings”. A iniciativa atende à Meta 3 do Plano de Gestão do biênio 2019/2021 da CGJGO, cuja finalidade é desenvolver três iniciativas estratégicas que resultem na conscientização socioambiental sustentável no âmbito da Corregedoria. A ação também está alinhada às diretrizes da Resolução nº 201, de 3 março de 2015, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que diz respeito à inclusão das práticas socioambientais nos Tribunais a fim de diminuir os impactos ambientais a partir da ação humana. 

O evento, restrito aos servidores da CGJGO, teve 61 participantes e foi organizado pela Diretoria de Planejamento e Programas. A explanação se dividiu em dois momentos: a apresentação do painel (com exposição de slides) e palestras ministradas por dois profissionais estudiosos e renomados: o psicólogo Lauro Eugênio Guimarães Nalini, mestre e doutor em Psicologia pela Universidade de Brasília (UNB), e da servidora do Poder Judiciário, Lúcia Viegas Fernandes, lotada na Divisão de Alocação e Atendimento ao Servidor (DAAS/DRH/TJGO) e doutoranda em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO); e o momento interativo para perguntas, dúvidas e esclarecimentos dos participantes.

No curso do painel foi debatido o desenvolvimento das relações e resultados advindos da conscientização e do comportamento socioambiental, possibilitando a identificação das ações advindas desta inteiração e entendendo o papel da Corregedoria no âmbito da evolução de iniciativas estratégicas para essa compreensão. Nas suas considerações iniciais, o doutor Lauro Eugênio agradeceu a deferência da equipe da Corregedoria e a parabenizou pela iniciativa, deixando abertura para qualquer esclarecimento dos servidores.

“Essa iniciativa é uma possibilidade de fazer chegar aos servidores do Judiciário e aos colaboradores da Justiça essas informações variadas a respeito das temáticas ambientais relevantes da contemporaneidade. Conhecimento nunca é pouco, devemos sempre estar dispostos a nos manter mais atualizados e qualificados, fazer um esforço educacional especialmente no que tange às questões socioambientais”, frisou.

Comportamento e consciência ambiental

Ao explicar a natureza conceitual do trabalho desenvolvido, Lauro Eugênio falou um pouco sobre o comportamento humano e como isso pode aumentar e afetar a consciência ambiental. “Não podemos nos restringir a ação dos indivíduos, independentemente da história de aprendizagem que os constituem, sendo as ações, considerada a história, o principal indicador da sua internalidade.. Aumentar a consciência ambiental é tarefa complexa, já que o que faz com que o indivíduo diga algo não é necessariamente o que faz com que ela tenha a ação propriamente dita”, ponderou.

Entusiasta da sustentabilidade e de tudo o que se refere a esse tema, Lúcia Viegas falou um pouco sobre a importância da Meta da CGJGO, a seu ver, uma ideia ousada, válida e ampla. “A relação entre as pessoas e o meio ambiente acaba impactando no dia a dia, tendo externalidades negativas. Ações de responsabilidade individual atingem o meio ambiente e a coletividade em suas diversas nuances”, explicou.

A estudiosa apontou estudos que mostram, por exemplo, que existe uma relação inversa de consciência ambiental e padrão de consumo. “Numa análise comportamental da consciência e padrão de consumo ficou demonstrado que um grupo com maior média de consciência ambiental foi o que teve também a maior média no padrão de consumo. As diferenças entre grupos referentes à consciência ambiental é menor que as diferenças entre padrão de consumo”, exemplificou.

Boas práticas e preocupação com o meio ambiente

Fizeram parte do painel temáticas como a responsabilidade na adoção de boas práticas ambientais que englobam medidas relativas a separação do lixo, com o intuito de reutilização e reciclagem, o que aumenta o tempo de vida dos aterros sanitários ou diminui o impacto ambiental, além de práticas ambientais implantadas que geram economia de matérias-primas (água e energia).

Participaram ainda do evento o juiz Donizete Martins de Oliveira, auxiliar da CGJGO; Rui Gama da Silva, secretário da CGJGO, que “quebrou” o protocolo para saudar os servidores presentes, agradecendo a participação maciça de todos; e Clécio Marquez, diretor de Planejamento e Programas da Corregedoria, que conduziu o evento.

Demonstrando preocupação com as políticas sustentáveis, a Corregedoria empreendeu todos os esforços para que este evento fosse realizado remotamente. O objetivo principal desta ação, além do cumprimento da Meta 3, foi a construção da relação entre consciência ambiental e consumo, para a viabilização de uma organização sustentável.

O link de acesso foi disponibilizado pelo Portal da Ejug, bem como a emissão das certificações também ficaram a cargo da escola, após quatro horas de participação no evento. (Texto: Myrelle Motta – Diretora de Comunicação Social da Corregedoria-Geral da Justiça do Estado de Goiás/ Edição de imagem: Hellen Bueno – Diretoria de Planejamento e Programas da CGJGO)

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